terça-feira, 9 de novembro de 2010

Diário: Pinheiro de Loures, 10 Agosto 1996

Hoje fui andar de carrinho de rolamentos com o Fábio, o “cientista”, o Artur e mais alguns amigos. Ao descer a rampa do Bairro Vitória bati no carrinho do Artur e fui de rojo pelo alcatrão, fiquei com a minha perna em ferida de alto abaixo. Mas não me queixei, nem posso, a avó Maria não pode saber! Quando cheguei a casa da avó Maria, passei a tarde toda ao pé do barracão sentado no muro. A avó perguntou-me várias vezes porque é que eu estava quietinho ali ao canto, mas não lhe quis contar porque tive medo que a avó ficasse chateada comigo, além do mais eu também já tinha desinfectado a ferida em casa do Benjamim, mesmo ao lado da rampa.
Quando cheguei a casa e a mãe me mandou ir tomar banho, viu o que eu tinha na perna. Contei-lhe o que se tinha passado e ela explicou-me que não tinha que ter vergonha ou medo de mostrar à avó, assim ela podia ter tratado melhor da minha ferida. Sinceramente nem sei porque reagi assim, realmente não havia motivos e teria sido bem melhor, agora durante o próximo mês vou ter que ir ao Centro de Saúde todos os dias de manhã para trocar o curativo que me fizeram na perna.

Rodrigo Mateus Franco, 1ºBE



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