segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Diário: Loures, 7 de julho de 1995.

Hoje comecei o dia como outro qualquer.Acordei às 8h e, com cuidado para não fazer barulho e acordar a avó, fui em silêncio para a sala para ir ver os meus bonecos preferido, o Super-Homem. Todos os miúdos da minha idade gostam disto.
A avó hoje acordou um pouco mais tarde e começou logo a ralhar comigo: “Ruben prepara-te para ir tomar banho!”. Eu não queria mesmo ir tomar banho, àquela hora ia começar o novo capítulo do Super-Homem: “Ruben, tem que ser, vai rápido para a banheira!”.
Quando estava a tomar banho a avó só sabia dizer: “Ruben lava-te bem”, mas eu só queria despachar-me para ir ver o Super-Homem. Acabei o banho em dois minutos e a avó foi buscar a toalha, eu na banheira só conseguia pensar no próximo capítulo do Super-Homem; “Vai, Super-Homem, tu consegues, vai Super-Homem voa!!!”.
Eu queria ser o Super-Homem e, se ele pode voar, porque não posso eu também? Então resolvi experimentar e dei o primeiro passo, saltei da banheira em direcção à sanita. Consegui chegar à sanita mas, no momento em que apoiei o primeiro pé, escorreguei e bati com a cabeça no chão. Eu não queria chorar eu queria ser um menino forte, mas não consegui, a minha cabeça tem dói-dói.
Hoje, no final desta aventura, só consigo pensar porque é que estas coisas só me acontecem a mim, porquê?!
          
                                                                Ruben Miguel Brito do Vale 1º BE

Sem comentários:

Enviar um comentário