terça-feira, 30 de junho de 2009

A historia do Conclave

A açção do filme passa-se durante o conclave?
O que e isso?
O conclave é o período de tempo que antecede a eleição de um novo papa.
Quinze a vinte dias, após a morte do papa, os cardeias reúnem-se em conclave a fim de nimearem em sucessor. Conclave quer dizer, á letra, "fechada a chave".
Durante este processo a clausura e total e eles não podem ter nenhum contacto com exterior.
Os cardeais preenchem os boletins de votos, nos quais devem escerver um nome e estes são contados no final.
Se não houver consenso os votos são queimados num forno próprio juntamente com uma substância quimica que toma o fumo negro. A chaminé por onde o fumo sai e vista de Praça de S. Pedro.
Quando houver consenso na votação o fumo sai branco que é a fome de toda á cristandado ficar a saber que o mundo já tem um novo papa.
Marta Pacheco e Neila Bessa

terça-feira, 23 de junho de 2009

Memorias do outro lado do atlântico!


Quando eu era pequeno, ia passear com a minha mãe ao centro de Porto Seguro, Bahia. Nestes passeios eu ouvia muitos turistas a falarem cada um na sua língua materna. Quando eu os ouvia ficava muito encafifado: Como era possível eu não entender nada?! No entanto aquilo chamava-me a atenção e despertava-me grande interesse!

Um dia chego a casa e começo a falar em algo que achava parecido com o que eu ouvia! Quando a minha mãe me ouviu a falar perguntou:

– O que estás para aí a dizer? E eu respondi que estava falando a linguagem dos gringos!

Passaram-se muitos anos. Hoje estou em Portugal e me lembro que todas aquelas línguas eram algo místico para a minha pessoa. Hoje considero essencial conhecer línguas estrangeiras. Estou aprendendo inglês. e isso está a abrir a minha mente e retirar muitos pontos de interrogação que eu tinha.

Jamir junior.

Religião e Ciência


A relação entre religião e ciência assume muitas formas.
A ciência usa método cientifico, apoia-se numa abordagem objectiva, para medir, calcular e descrever o universo natural, físico e material.
A religião é geralmente mais subjectiva, baseando-se na noção de autoridade, em ideias que
se acredita terem sido reveladas, na intuição, em crenças no sobrenatural, na experiência
individual, ou uma combinação destas para compreender o universo .
Historicamente, a ciência tem tido uma relação complexa com a religião.
A doutrina nas religiões por vezes influencia o desenvolvimento cientifico e o contrário também
se verifica: o conhecimento científico tem surtido efeitos sobre as crenças religiosas.
É possível a religião e a ciência caminharem de mãos dadas desde que os intervenientes se respeitem mutuamente. A ciência e religião são duas faces de mesma moeda.

António Agostinho



As calças azuis


Quando eu era pequeno, o meu pai tinha umas calças de pano azul que ele gostava muito e que levava para a igreja.
Ao longo do tempo guardou-as para mim! Mais tarde quando eu tinha 9 anos, ele deu-mas para usar quando fosse à igreja. Eu também passei a gostar muito das calças,usava-as sempre ao domingo e a minha mãe chateava-se comigo por causa disso.
Um dia ela deitou-as para o lixo porque já estavam velhas. Nunca mais me esqueci daquilo,fiquei muito triste e revoltado.
Passaram-se muito anos e quando me lembro das calças fico com vontade de ir à igreja e de recordar aqueles tempos em que eu era menino.
Pedro Sitoe.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Sobre Anjos e Demónios

Caríssimos alunos

Agora que todos já viram o filme e que já tivémos a oportunidade de falar sobre ele, toca a escrever!
Os temas podem ser os mais variados. Desde a dicotomia religião/ciência, a problemática acerca da anti-matéria, o ritual à volta da eleição do Papa, sociedades secretas, Roma e as suas igrejas.... até... ambigramas e palíndromos ... vale tudo!
Conto com a vossa iniciativa e criatividade.
Até logo, na aula.
Profª Gabriela

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mesmo felizes, há sempre histórias tristes para contar...


Falámos algumas vezes, sobre o porquê de termos escrito no blog só histórias felizes da nossa infância e não a história de algo mau que nos aconteceu.

Posso lhe contar uma...que até acabou da melhor maneira, mas que custou imenso a ultrapassar.

E porque não seguir o exemplo da ficha?

Quando era pequena, sempre soube que tinha um angioma na orelha, que até era engraçado de certa forma, porque conseguia sentir o bater do meu coração nela. Era feliz! Tinha um angioma, que a minha mãe sempre me explicou que era uma veia mais cheia na orelha e que por isso a orelha era um pouco maior e mais escura que a outra. Mesmo sendo nova e ter preconceitos de muita coisa em mim, nunca tive vergonha da minha orelha, mesmo quando na escola me gozavam.

Um dia, convidaram-me para ir tocar para uma banda filarmónica. Não achava muita graça aquilo, mas com os meus 11 anos ganhei uma paixão.

Adorava tudo o que rodeava a música e aquela banda. Chegava a faltar às aulas para ir para casa tocar no meu clarinete. Aquilo era a minha vida. Quando baixava as notas da escola, os meus pais ameaçavam que me tiravam de lá, e eu chorava "baba e ranho" para eles não me fazerem isso.

Mais tarde, comecei a sentir dores na orelha, procurei a minha médica que sempre me disse que não podia fazer nada, porque angioma se situava na cartilagem da orelha e não tinha carne suficiente para fazer uma operação.

Sentia cada vez mais dores, principalmente quando ia aos ensaios e esforçava a tocar, mas nem queria pensar na hipótese de deixar de tocar, a música era tudo para mim.

Até que a minha médica me proibiu de tocar, e as dores diminuíram. A minha vida tinha desmoronado. Chorava tardes inteiras só de pensar que nunca mais na minha vida ia poder tocar. Falei com o meu maestro, que é a melhor pessoa do mundo, que me aconselhou a mudar de instrumento para o saxofone soprano e já nem sentia muitas dores. Pesquisei na Internet sobre o meu angioma e li que era uma espécie de tumor, mas nem liguei a isso.

O pior foi que as dores voltaram e metia coisas absurdas na cabeça que me deixavam triste. Mas eram dores insuportáveis. Tantas vezes que fui para o Centro de Saúde e de emergência para o hospital com dores que até me paralisavam o braço direito e a fala. As respostas eram sempre as mesmas: "Vai levar estas analgésicos que lhe vão ajudar a passar as dores.". Até injecções eu levava, porque os analgésicos em comprimidos não me faziam efeito e as dores eram cada vez mais.

Sempre tive o apoio de todos os meus amigos, que me diziam que um dia ia ficar boa e que poderia voltar a tocar. Queria muito acreditar nisso, mas as esperanças iam se esgotando.

Tive quase 2 anos sem tocar. Para matar saudades de vez em quando ia aos ensaios, mas era pior, porque me lembrava do meu tumor e que não sabia quando iria poder voltar a sentar-me em cima de um palco para dar um concerto.

Naqueles dias com dores insuportáveis que fui para o hospital, apareceu uma luz bem no fundo do túnel, que me disse que se eu fizesse laiser que possivelmente ficaria boa. Mas deu-me o número errado de um médico chamado Luiz Leite que tinha uma clínica em Belém e que me poderia ajudar. Como o número estava errado, a luz no fundo do túnel, tinha-se apagado.

No meio de conversas com amigos, disseram-me que tinham uma filha que era médica que ia tentar arranjar uns contactos de um médico particular especializado em vasos sanguíneos.


Consegui a consulta, e para minha felicidade, ele disse-me que ia ficar curada e que até haviam duas opções, ou o laiser ou a embolização. Mas que primeiro queria que eu fosse vista por um colega dele, que tinha uma clínica de laiser para ver o que ele dizia.

Foi então que consegui uma consulta, no dia 6 de Janeiro de 2009 e, conheci o meu herói, podemos chamar-lhe assim. O número que o médico me tinha dado era o do Doutor Luiz Leite, o tal que tinha a Clínica em Belém.

Quando me viu e mexeu na minha orelha, disse logo que íamos começar com o laiser, que poderia não ser 100% eficaz, mas 75% ele afirmava que era.

No dia 23 de Janeiro às 10h da manhã, lá estava eu toda contente, na Clínica Laiser de Belém, pronta para fazer o meu primeiro laiser. Foram cerca de 10 minutos super dolorosos e de 250€ por sessão que paguei, que eu sabia que iam valer a pena.

Foram 4 sessões a laiser que fiz, entre elas, 8 dias com a orelha roxa do queimado do que seria uma recuperação de um tumor que eu pensava que nunca me ia ver livre.

No passado dia 6 de Maio, fiz o meu último laiser.

Finalmente estou bem! Já não sinto dores e a minha orelha até está mais pequena.

Já passou um mês, quando olho para trás, recordo tudo o que passei e o que sofri.

Agora, apesar do tempo ser pouco, sempre que tenho um bocadinho, lá estou eu nos ensaios da banda, a tocar para matar saudades. É pouco, mas pelo menos toco quando tenho um pouco de tempo e sei que estou bem.

Recordo os momentos em que chorava e os meus amigos estavam todos do meu lado, sempre para me darem força e me apoiarem. Hoje sei que tenho amigos verdadeiros com que posso sempre contar.






P.S.: Contei esta minha história, para o professor António Sanches não pensar que só temos histórias felizes para contar.