segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Papel dos Media – Informar não Opinar


O papel dos Mass Media é de grande importância na sociedade e na formação da opinião pública. A televisão e a rádio têm grande influência na construção da opinião pública em geral, sobre os mais variados temas. Muitas vezes o comentário de um jornalista altera a opinião pública, mesmo quando existe já uma ideia formada sobre o tema.

Um exemplo desta influência é o caso da pivô da TVI que popularizou o chavão “… Eu sou a Manuela Moura Guedes”. Quem nunca viu o Jornal Nacional à sexta-feira apresentado por essa “pseudo jornalista” onde, em vez de informar a sua audiência, influenciava a opinião da mesma apresentando as noticias de uma forma que só ela sabe, não sendo imparcial nem se abstendo de dar o seu ponto de vista, sobre alguns assuntos da actualidade.

Não tenho nada contra a pessoa em si, mas considero-a muito má a nível profissional pela forma leviana, autoritária, incoerente e muitas vezes não reflectida, com que expele afirmações não fundamentadas. Veja-se como exemplo a entrevista dada à TVI pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que ao ser apelidado de “bufo” pela dita apresentadora, lhe respondeu violentamente afirmando: “você não tem autoridade nenhuma para emitir juízos de valor acerca do que se passa na justiça”, e continuando no mesmo tom, acusou a jornalista de fazer um “péssimo jornalismo” que “viola sistematicamente o código deontológico”.

Existiam ainda outros ódios de estimação que esta jornalista tinha, como é o caso “Freeport”. Sempre que, supostamente, existiam novos dados estes eram apresentados por ela como factos verídicos e irrefutáveis e eram normalmente acompanhados por outro chavão “…segundo a TVI conseguiu apurar”, frase muito utilizada por outros jornalistas da mesma televisão.

Não quero com isto dizer que outras televisões não façam também elas mau jornalismo, mas não tenho dúvidas que a TVI era a estação onde isto mais acontecia, sofrendo da influência desta senhora, que deturpava a noção de jornalismo e de informação.

Em conclusão, o afastamento de MMG, por parte dos espanhóis da Prisa, proprietária da TVI, é a excepção que confirma a regra, de que “De Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”.

Francisco Vidal 1º FB

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