terça-feira, 5 de março de 2013

Eu e os media


IMPRENSA
O primeiro contacto que recordo com a imprensa foi por volta dos 10 ou 12 anos.

Os meus tios avós paternos moravam perto da minha casa e uma das minhas “obrigações” era visitá-los.

Gostava especialmente de ir lá a casa aos domingos, porque o meu tio comprava o jornal Diário de Noticias, que era enorme, e ficava a lê-lo toda a manhã.

Na altura o jornal trazia um suplemento com palavras cruzadas, charadas, adivinhas e outros passatempos, para além de pequenas tiras de banda desenhada, que dava para me entreter. É um dos meus hobbies preferidos, mas na altura servia como desculpa para sair da minha casa e passar um tempo sem as atividades domésticas.
RÁDIO
Quando penso na rádio dos tempos de antigamente, não posso deixar de recordar o programa de radionovela Simplesmente Maria. Durante o programa, ninguém podia falar, a minha avó colava o ouvido à telefonia e não existia o mundo ao redor.

Também me recordo dos Parodiantes de Lisboa, mas naquela idade ainda não percebia algumas das piadas, pelo menos quando eram políticas.

Mas tive os meus programas de eleição, Quando o telefone toca…que adorava ouvir à espera das minhas músicas preferidas. Como tinha de lavar a loiça à noite, trancava-me na cozinha, punha o som alto e ficava muito chateada quando alguém escolhia uma música que não gostava. Dia em que não tocasse 28 graus à sombra, Je t’aime, Non son degno di te, já não prestava o programa. A loiça ficava gasta de tanto lavar para poder ouvir o programa todo. Também gostava da febre de sábado de manhã com o Júlio Isidro, e também do Oceano Pacífico.
TELEVISÃO
Sobre a televisão, recordo a ansiedade para ver o programa de animação, que dava aos Domingos durante meia hora, apresentado pelo Vasco Granja. Durante esse tempo ficava à espera dos minutos finais para ver os desenhos de Walt Disney, os meus preferidos. Também recordo de ver o programa TV Rural, que cativava pela maneira de apresentar do Engº Veloso. É preciso recordar, que não existiam muitos programas para crianças e jovens e a emissão tinha tempo limitado. Mais tarde fui fã da “Lassie” e do “Bonanza”. Aos domingos passava o programa com os telediscos mais vendidos, onde aproveitava para ver os meus ídolos.

CINEMA
Lembro com muita saudade das minhas noites e tardes de cinema. Como recebia uma semanada dos meus tios no valor de 20 escudos, ia ao sábado à noite com o meu pai e o meu irmão e também podia ir com amigos à matiné de domingo. Sentava-me sempre no mesmo lugar, na plateia, última fila.

Como era um cinema de vila, os filmes quando chegavam já tinham estreado em Lisboa há muito tempo. Era das poucas saídas que podia fazer com amigos, porque o cinema era ao pé de minha casa, mas no entanto dava-me uma sensação de liberdade.

Os filmes que recordo são diversos, porque gosto de quase todo o género. Mas a memória leva-me para os filmes de adolescentes como o Grease, Gelado de Limão ou então o Porkys. O meu filme romântico preferido é o E tudo o vento levou. O musical que adorei ver é indiano e chama-se Prestigio real, adorei as músicas, as roupas, as danças e o romance. Também me lembro do Jesus Cristo Superstar Também me lembro do suspense do primeiro filme de ficção científica – Alien, o oitavo passageiro.

As matinés de domingo permitiam que se fosse ao cinema, e no escurinho do cinema como diz a canção, podia ficar de mão dada com o namoradito existente.

Gisela - 2º. BC

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