quinta-feira, 14 de março de 2013

A Imprensa


IMPRENSA
A minha relação com a imprensa vem do tempo de um tio-avô. Eu tinha uns 4 ou 5 anos e este tio-avô trabalhava em Cabo Verde no jornal “ Assemana” e ele tinha o hábito de trazer sempre para casa jornais, livros, revistas e fotonovelas. Depois de passarem por todos lá em casa, acabavam nas minhas mãos porque nesta altura eu já mostrava um grande interesse pela leitura. Com as fotonovelas aprendi a ler sozinha porque a minha curiosidade era tão grande para saber o contavam aquelas fotos de que eu gostava tanto, que comecei associar letras por letras, até aprender a ler e saber o que se estava a passar na história.

CINEMA
A primeira vez que fui ao cinema, tinha 5 anos. O filme que fui ver foi um filme indiano, não me lembro da história, mas o protagonista marcou-me muito, tanto que passei a minha infância e adolescência a sonhar com ele e no dia de o conhecer pessoalmente. O nome dele era Ravi Amitabaxam, no meu quarto colecionava tudo sobre ele, como os cartazes dos filmes, posters e fotos. Os meus amigos e as minhas primas como sabiam desta minha “paixão” arranjavam-me tudo sobre ele. A primeira vez que fui sozinha a um cinema, fui com minha amiga e eu tinha 12 anos e o filme era maior de 15 anos, mas eu consegui entrar, enganando os porteiros, e era o filme de “Conan o Bárbaro”.

RÁDIO
Em relação ao radio, eu cresci a ouvir o rádio. O que mais me marcou nesta época eram os fins de tarde em Cabo Verde, a minha mãe e a família toda, à volta do rádio para ouvir uma novela, tão importante que não se via ninguém na rua àquela hora. Depois na novela passava-se ainda muito tempo a comentar a história, e às vezes até choravam por causa da novela.

TELEVISÃO
Desde que me lembro a televisão sempre existiu lá em casa e era companhia constante quando eu vivia em angola, por isso não posso precisar o momento em que vi pela primeira vez televisão. Aos cinco anos fui viver para Cabo Verde e lembro-me quando o meu pai trouxe o televisor de Angola. No bairro onde eu vivia éramos os únicos a possuir um aparelho de televisão e então toda a vizinhança se reunia à noite no nosso pátio para assistir à emissão que começava às 19 horas. Como era muita gente, as pessoas iam à tarde marcar lugar com um banquinho para ficarem com os melhores lugares. Eu e o meu irmão aproveitávamos para ganhar algum dinheiro cobrando os lugares até que a minha mãe descobriu e acabou com o negócio. Bons tempos! 


Fátima Santos
2º A.E.
                                                               

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