As minhas memórias do passado são
principalmente alegres. Recordo-me muito da minha irmã, quando fazia palavras
cruzadas no jornal e depois as passava para uma folha A4 quadriculada para as
voltar a fazer mais tarde. Lembro-me também em criança das músicas que na
altura davam no rádio e que eu nunca esqueci. Ela gostava muito de umas, eu já
gostava mais de outro género, mas ouvíamos sobretudo a rádio Cidade FM. Havia gostos para tudo, desde
Ace of Base a Eros Ramazotti. Lembro-me de um programa de discos pedidos e, nessa
altura, a minha irmã tinha um namoradito que lhe dedicou uma canção e ela até chorou…Ai
o amor! O que ele nos faz…
Apesar da rádio, também estiveram
presentes na minha infância revistas e jornais. Os jornais eram mais para o meu
avô e para o meu pai que estavam mais a par da política e das informações mais
relevantes do país naquela altura. As revistas já eram mais dedicadas às
mulheres. Lembro-me da minha irmã ler a Super
Jovem e a Super Pop, a minha mãe
lia a Maria para estar a par das telenovelas e dos atores e as minhas amigas de
infância e eu comprávamos aquela que trazia um brinde e onde apareciam aqueles
rapazes lindíssimos das boysbands e que nos deixavam a sonhar ou em ter o CD ou
em conhecer pessoalmente. Havia quem lhe chamasse de amor platónico e com razão
(risos). Hoje em dia ainda compro revistas com brindes mas são revistas mais
cultas e os brindes compensam apesar de ser tudo uma grande estratégia de marketing.
A televisão foi aparelho que sempre me
acompanhou. A minha primeira TV foi da Blaupunkt
e já era a cores. Durou muitos anos e ainda levou uns arranjos. Os programas
mais vistos em família eram, sem dúvida, o
Festival da Canção e o Big Show Sic. Aos fins-de-semana de
manhã dava o Bueréré apresentado pela
Ana Malhoa num estúdio em Lisboa e caso a memória não me falhe intercalavam
desenhos animados com músicas coreografadas, e jogos. Via desenhos animados
como os Motorratos, o Dartacão, a Saillor Moon – Navegante da
Lua, que ainda hoje dá no Canal Panda
à noite e via também as séries tais como os “Arrepios”, mas confesso que só via de vez em quando porque era e ainda
sou um pouco medricas. Gostava também dos Power
Rangers que era a minha série preferida e identificava-me com a personagem
cor-de-rosa, a Kimberly, enfim eram serões agradáveis que me ficaram na
memória.
Entretanto cresci e as coisas mudaram,
evidentemente. A minha irmã casou, foi um dia feliz para mim mas senti-me muito
só nos primeiros tempos. Comecei a namorar cedo, sempre fui romântica e
sonhadora, no entanto, tive um desgosto de amor e sofri muito, ninguém está
livre disso o que interessa é não desistir de ser feliz…
Há uns anos atrás, o “pai Natal” deu-me um computador de presente que era
óptimo, da marca Triudus, custou trezentos e tal contos na altura do escudo mas
a fonte de alimentação mais tarde acabou por pifar e lá se foi a minha jóia. Enquanto
durou foi a minha primeira iniciação à internet. Devia de ter uns 15 ou 16 anos
e a minha diversão principal era o Sim’s
– O Simulador de Pessoas. Eu sei que a internet tem muitas utilidades e
gostaria de saber mais acerca delas, mas é preciso ter muita paciência e
atenção porque basta ler mal um aviso para apanhar um vírus no computador, e em
relação a compras através de multibanco acho assustador só de pensar que vou
pôr o meu NIB no mundo virtual onde qualquer sábio pode decifrá-lo.
Voltando ao tema principal os Media foram e são importantes para nos
sentirmos ocupados nas horas mortas, principalmente na altura do frio que só
nos apetece estar em casa quentinhos entretidos com qualquer coisa. A Internet
tem de tudo um pouco: musica, vídeo, televisão, notícias, afinal de contas o
maior método de interagir é a internet mas eu não dispenso os outros meios de
comunicação porque não sou do género de estar em frente ao computador horas a
fio, prefiro variedade de escolhas, cada uma com a sua beleza e importância e
consoante a minha vontade pois é assim que sou feliz.
Cátia Durães
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