quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Memórias de infância e os mass Media

          As minhas memórias do passado são principalmente alegres. Recordo-me muito da minha irmã, quando fazia palavras cruzadas no jornal e depois as passava para uma folha A4 quadriculada para as voltar a fazer mais tarde. Lembro-me também em criança das músicas que na altura davam no rádio e que eu nunca esqueci. Ela gostava muito de umas, eu já gostava mais de outro género, mas ouvíamos sobretudo a rádio Cidade FM. Havia gostos para tudo, desde Ace of Base a Eros Ramazotti. Lembro-me de um programa de discos pedidos e, nessa altura, a minha irmã tinha um namoradito que lhe dedicou uma canção e ela até chorou…Ai o amor! O que ele nos faz…

Apesar da rádio, também estiveram presentes na minha infância revistas e jornais. Os jornais eram mais para o meu avô e para o meu pai que estavam mais a par da política e das informações mais relevantes do país naquela altura. As revistas já eram mais dedicadas às mulheres. Lembro-me da minha irmã ler a Super Jovem e a Super Pop, a minha mãe lia a Maria para estar a par das telenovelas e dos atores e as minhas amigas de infância e eu comprávamos aquela que trazia um brinde e onde apareciam aqueles rapazes lindíssimos das boysbands e que nos deixavam a sonhar ou em ter o CD ou em conhecer pessoalmente. Havia quem lhe chamasse de amor platónico e com razão (risos). Hoje em dia ainda compro revistas com brindes mas são revistas mais cultas e os brindes compensam apesar de ser tudo uma grande estratégia de marketing.

A televisão foi aparelho que sempre me acompanhou. A minha primeira TV foi da Blaupunkt e já era a cores. Durou muitos anos e ainda levou uns arranjos. Os programas mais vistos em família eram, sem dúvida, o Festival da Canção e o Big Show Sic. Aos fins-de-semana de manhã dava o Bueréré apresentado pela Ana Malhoa num estúdio em Lisboa e caso a memória não me falhe intercalavam desenhos animados com músicas coreografadas, e jogos. Via desenhos animados como os Motorratos, o Dartacão, a Saillor Moon – Navegante da Lua, que ainda hoje dá no Canal Panda à noite e via também as séries tais como os “Arrepios”, mas confesso que só via de vez em quando porque era e ainda sou um pouco medricas. Gostava também dos Power Rangers que era a minha série preferida e identificava-me com a personagem cor-de-rosa, a Kimberly, enfim eram serões agradáveis que me ficaram na memória.

Entretanto cresci e as coisas mudaram, evidentemente. A minha irmã casou, foi um dia feliz para mim mas senti-me muito só nos primeiros tempos. Comecei a namorar cedo, sempre fui romântica e sonhadora, no entanto, tive um desgosto de amor e sofri muito, ninguém está livre disso o que interessa é não desistir de ser feliz…

Há uns anos atrás, o “pai Natal”  deu-me um computador de presente que era óptimo, da marca Triudus, custou trezentos e tal contos na altura do escudo mas a fonte de alimentação mais tarde acabou por pifar e lá se foi a minha jóia. Enquanto durou foi a minha primeira iniciação à internet. Devia de ter uns 15 ou 16 anos e a minha diversão principal era o Sim’s – O Simulador de Pessoas. Eu sei que a internet tem muitas utilidades e gostaria de saber mais acerca delas, mas é preciso ter muita paciência e atenção porque basta ler mal um aviso para apanhar um vírus no computador, e em relação a compras através de multibanco acho assustador só de pensar que vou pôr o meu NIB no mundo virtual onde qualquer sábio pode decifrá-lo.

Voltando ao tema principal os Media foram e são importantes para nos sentirmos ocupados nas horas mortas, principalmente na altura do frio que só nos apetece estar em casa quentinhos entretidos com qualquer coisa. A Internet tem de tudo um pouco: musica, vídeo, televisão, notícias, afinal de contas o maior método de interagir é a internet mas eu não dispenso os outros meios de comunicação porque não sou do género de estar em frente ao computador horas a fio, prefiro variedade de escolhas, cada uma com a sua beleza e importância e consoante a minha vontade pois é assim que sou feliz.


Cátia Durães

Sem comentários:

Enviar um comentário