quarta-feira, 10 de março de 2010

A minha zona - Anabela José




A MINHA ZONA

Sou a Anabela e vivo numa localidade que se chama Sete-casas. Tem este nome porque em 1930 existiam apenas 7 casas e é considerada zona rural porque está inserida numa zona de hortas apesar de ficar a poucos metros do concelho de Loures.

Vivo numa moradia térrea, alugada, na rua Comandante Carvalho Araújo nº 102. Apesar de não encontrar na zona alguns serviços mínimos localiza-se muito perto de urbanizações onde encontro todos os serviços. Apesar de se enquadrar numa zona rural, já emprega bastantes pessoas. Existem 3 cafés com restaurante e empresas de grande dimensão como a Gelpeixe ,e a Hovione. Existe ainda um parque industrial com várias empresas que fica na Quinta da Mata.

Em Sete-casas as habitações são maioritariamente vivendas. Existe um condomínio fechado com 3 prédios de 3 andares cada, com garagem e piscina privada. Ao lado deste condomínio há um espaço para se fazer um parque para as crianças e mais um estacionamento porque nesta rua é quase impossível estacionar sem ser à beira da estrada. Não há espaços verdes nem de lazer.

Esta localidade fica perto de Loures onde se encontram alguns equipamentos de lazer como jardins, parques para crianças, campos desportivos, piscina municipal, um centro comercial onde se pode encontrar salas de cinema, salão de jogos, cafés e outras lojas com um pouco de tudo. Em Loures há uma biblioteca municipal há o Museu do Adro, a Quinta do Conventinho, o Palácio do Correio-mor e uma Igreja Matriz antiga. Todos os serviços estão centralizados na parte central da cidade o que é bom porque é uma zona bem servida de transportes. Loures tem bons acessos, A8 a nível de transportes está bem servido.

Nota quem foi o Comandante Carvalho Araujo:

História

Originalmente a embarcação era o arrastão de pesca Elite, pertencente à empresa Parceria Geral de Pescarias, Lda.. Lançado em 1909, foi o primeiro arrastão português para a pesca do bacalhau.

A 13 de junho de 1916, devido à Primeira Guerra Mundial, o Elite foi requisitado pela Marinha Portuguesa para ser usado em missões de patrulha e escolta oceânica. Sendo classificado como navio-patrulha de alto mar, o navio recebeu uma peça de artilharia de 65 mm à vante e outra, de 47 mm à ré. O navio foi rebatizado em homenagem ao almirante Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha.

Antes do combate que lhe provocou o afundamento, o Augusto Castilho já, por duas vezes tinha enfrentado submarinos inimigos. A 23 de março de 1918, sob o comando do primeiro-tenente Augusto de Almeida Teixeira, escoltando o vapor Loanda entre Lisboa e o Funchal, atacou a tiro um submarino inimigo que, imediatamente, mergulhou. A 21 de agosto de 1918, sob o comando do primeiro-tenente Fernando de Oliveira Pinto, ao largo do cabo Raso, bombardeou um submarino inimigo de grandes dimensões que rapidamente desapareceu.

No final da guerra, recebeu como comandante o primeiro-tenente Carvalho Araújo, zarpando de Lisboa na tarde do dia 8 de outubro de 1918, com a missão de escoltar o vapor Beira, em viagem para a Ilha da Madeira, onde chegaram a 11 do mesmo mês. O navio ficou em quarentena ao largo do "Lazareto", no Funchal, dado que em Lisboa grassava uma epidemia de pneumonia. Ali recebeu a missão de escoltar o vapor S. Miguel, de partida para Ponta Delgada, nos Açores, com 206 passageiros a bordo.

Tendo zarpado ao pôr do sol do dia 13 de outubro, na velocidade de cruzeiro de 9 nós, às 06h15 do dia 14 ouviu-se o primeiro tiro contra o vapor S. Miguel, pelo submarino alemão U-139, sob o comando de Lothar von Arnauld de la Perière. Para protegê-lo, esgotadas as caixas de fumo que lançara para despistar o inimigo, o Augusto de Castilho avançou diretamente sobre o submarino alemão, passando a receber o fogo inimigo e dando tempo ao vapor para se distanciar. Após duas horas de combate, com vítimas fatais no convés, a artilharia danificada, a munição quase esgotada e tendo perdido a telegrafia e as máquinas, o navio imóvel, rendeu-se. Um último tiro do submarino, entretanto, vitimou fatalmente o comandante Carvalho Araújo.

Dada a ordem de abandonar o navio pelo imediato, o guarda-marinha Armando Ferraz, os sobreviventes conseguiram lançar ao mar um salva-vidas onde se comprimiram trinta e seis homens. Doze outros sobreviventes, em uma jangada improvisada, conseguiram autorização dos alemães para retornar a bordo e pegar um bote. O caça-minas foi então afundado pelos alemães, com o corpo do comandante coberto pela bandeira de Portugal e os dos demais auxiliares mortos em combate.

O salva-vidas conseguiu atingir, em quarenta e oito horas, a Ilha de Santa Maria, com trinta e cinco sobreviventes: um dos feridos não resistiu, tendo o seu corpo sido lançado ao mar. O bote com os demais náufragos alcançou a Ponta do Arnel, na Ilha de São Miguel, a 20 de outubro.

Anabela José - 1ºAE

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