Os Media tiveram alguma influência na minha vida. Houve
certos momentos extremamente marcantes principalmente na minha infância, embora
maior parte do tempo, passasse na rua a brincar. Recordo-me da televisão ainda ser
a preto e branco e quando se punha uma película azul que servia para proteger a
visão, pois dizia-se que fazia mal olhar directamente para o ecrã. Os botões
eram de rodar e só tínhamos 2 canais. Lembro-me de ver TV somente à noite, pois
durante o dia estava na escola ou na rua a brincar. Mais tarde talvez entre os
9 ou 10 anos, vi pela primeira vez um comando em casa de um vizinho, foi
espectacular porque já não era necessário levantarmo-nos do sofá para mudar de
canal. Como se deve calcular tanto eu como os meus irmãos enquanto não tivemos
uma TV com comando não descansámos. Quando ia a casa dos meus avós maternos numa
aldeia ao pe´de Tomar, as características do televisor eram idênticas, só com
uma diferença, a antena colocava-se em cima da TV e às vezes não se conseguia
ver os programas devido a interferências, principalmente quando chovia. Como os
meus avós não sabiam ler só viam programas em português como o telejornal, a telenovela
e a meteorologia e pouco mais, pois passavam maior parte do tempo no campo. A
televisão estava mais tempo ligada quando eu e irmãos nos encontrávamos lá.
Ainda hoje dou grande importância à meteorologia por influência dessas
memórias. Mais tarde quando apareceu a TV a cores a qualidade da imagem
aumentou intensificando o meu interesse. Os programas que me ficaram na memória
foi o TV Rural ao sábado de manhã, o
programa de desenhos animados do Vasco Granja, Tom Swayer, Abelha Maia, Os Marretas, o Ratinho o Topogiggio, a telenovela
Vila Faia, Jogos sem fronteiras, entre outros.
O cinema foi sem dúvida o meu momento mais marcante na minha
adolescência ver um filme num ecrã gigante, as imagens, o som, o espaço, adorei.
Os actores foram uma grande influência, quando estreava um filme que gostasse lá
estava eu. Houve uma altura talvez entre os 18 e 20 anos que ia sozinha, não
gostava que me interrompessem aquele momento, pois achava-o especial. Hoje em
dia quando posso vou, principalmente com o meu filho.
Alexandra Rodrigues - Turma 2 AE