quarta-feira, 24 de março de 2010

Sem remédio...


Ano de 1995, mês de Setembro talvez dia 12, meu primeiro dia de escola.


Não dormi muito na noite anterior, não fui capaz porque estava demasiado empolgada.


Final do Verão, manhã quente e brilhante. Quando acordei bebi o meu habitual biberão de leite simples, vesti-me, calça de ganga, t-shirt e ténis e pus-me a caminho junto com a minha irmã Sofia que na altura teria cerca de 12 anos.


Subi toda a rua e lá estava eu em frente aquele imenso portão verde de ferro. Tinha borboletas na barriga! Estava assustada mas ao mesmo tempo curiosa, não fazia idéia do que me aguardava.


Entrei na sala e sentei-me, nesta altura a minha mana teve de ir embora porque tinha de ir á livraria buscar os livros dela, tinha acabado de passar ao 5º ano.


Foi quando a apresentação terminou e todas as mães foram embora que se instalou em mim o sentimento do abandono, fiquei em pânico e comecei a chorar. Não era bem ali que queria ficar, eu queria a minha mãe. Enquanto a auxiliar foi buscar a minha mãe a casa e veio eu chorei e solucei sem parar.


Foi um dia curto e traumatizante. Vim para casa ao meio dia e recuperei calmamente do trauma. No dia seguinte tudo foi diferente.


Mas ainda não gosto de escola! E continua a ser uma experiencia traumatizante!
Olga Agostinho 1º AL

segunda-feira, 22 de março de 2010

A minha zona

O meu nome é Ana Paula Pinto Conceição e moro numa moradia com os meus pais. A moradia tem garagem e primeiro andar com um quintal cultivado pela minha mãe. A moradia é na Rua José Leiria Fernandes nº22, Lagariça, Freguesia de Loures
É uma zona rural porque está inserida numa zona agricola. Algumas pessoas ocupam-se com actividades agricolas outras têm empregos, uma grande parte da população sai de manhã para os seus empregos, por isso também esta zona serve de dormitório.
A densidade populacional não é muito elevada, mas existe imigração como brasileiros e ucranianos que se têm integrado na zona.
Apesar de ser uma zona rural tem três fábricas, duas carpintarias e um matadouro que emprega várias pessoas pelo que oferece alguma mobilidade laboral. Por ser uma zona rural com densidade populacional baixa não tem serviços, equipamentos de lazer, património cultural a nível de serviços. Tem apenas um café-restaurante onde as pessoas se encontram para conversar.
A povoação mais próxima é Pinheiro de Loures que oferece todos os serviços básicos: supermercados, cafés, cafés-restaurantes, farmácia, parafarmácia, mercearia, escolas primárias, cabeleireiro, talho, dentista, escola de condução, agência funerária, lojas de mobiliário e decoração, loja de conveniência, loja de madeiras, peixaria, loja dos chineses, papelaria, lojas de vestuário, ourivesaria e florista.
Apesar de ser uma zona rural é urbanizada porque tem todas as infrastuturas como electricidade, saneamento básico e esgotos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A minha zona - Anabela José




A MINHA ZONA

Sou a Anabela e vivo numa localidade que se chama Sete-casas. Tem este nome porque em 1930 existiam apenas 7 casas e é considerada zona rural porque está inserida numa zona de hortas apesar de ficar a poucos metros do concelho de Loures.

Vivo numa moradia térrea, alugada, na rua Comandante Carvalho Araújo nº 102. Apesar de não encontrar na zona alguns serviços mínimos localiza-se muito perto de urbanizações onde encontro todos os serviços. Apesar de se enquadrar numa zona rural, já emprega bastantes pessoas. Existem 3 cafés com restaurante e empresas de grande dimensão como a Gelpeixe ,e a Hovione. Existe ainda um parque industrial com várias empresas que fica na Quinta da Mata.

Em Sete-casas as habitações são maioritariamente vivendas. Existe um condomínio fechado com 3 prédios de 3 andares cada, com garagem e piscina privada. Ao lado deste condomínio há um espaço para se fazer um parque para as crianças e mais um estacionamento porque nesta rua é quase impossível estacionar sem ser à beira da estrada. Não há espaços verdes nem de lazer.

Esta localidade fica perto de Loures onde se encontram alguns equipamentos de lazer como jardins, parques para crianças, campos desportivos, piscina municipal, um centro comercial onde se pode encontrar salas de cinema, salão de jogos, cafés e outras lojas com um pouco de tudo. Em Loures há uma biblioteca municipal há o Museu do Adro, a Quinta do Conventinho, o Palácio do Correio-mor e uma Igreja Matriz antiga. Todos os serviços estão centralizados na parte central da cidade o que é bom porque é uma zona bem servida de transportes. Loures tem bons acessos, A8 a nível de transportes está bem servido.

Nota quem foi o Comandante Carvalho Araujo:

História

Originalmente a embarcação era o arrastão de pesca Elite, pertencente à empresa Parceria Geral de Pescarias, Lda.. Lançado em 1909, foi o primeiro arrastão português para a pesca do bacalhau.

A 13 de junho de 1916, devido à Primeira Guerra Mundial, o Elite foi requisitado pela Marinha Portuguesa para ser usado em missões de patrulha e escolta oceânica. Sendo classificado como navio-patrulha de alto mar, o navio recebeu uma peça de artilharia de 65 mm à vante e outra, de 47 mm à ré. O navio foi rebatizado em homenagem ao almirante Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha.

Antes do combate que lhe provocou o afundamento, o Augusto Castilho já, por duas vezes tinha enfrentado submarinos inimigos. A 23 de março de 1918, sob o comando do primeiro-tenente Augusto de Almeida Teixeira, escoltando o vapor Loanda entre Lisboa e o Funchal, atacou a tiro um submarino inimigo que, imediatamente, mergulhou. A 21 de agosto de 1918, sob o comando do primeiro-tenente Fernando de Oliveira Pinto, ao largo do cabo Raso, bombardeou um submarino inimigo de grandes dimensões que rapidamente desapareceu.

No final da guerra, recebeu como comandante o primeiro-tenente Carvalho Araújo, zarpando de Lisboa na tarde do dia 8 de outubro de 1918, com a missão de escoltar o vapor Beira, em viagem para a Ilha da Madeira, onde chegaram a 11 do mesmo mês. O navio ficou em quarentena ao largo do "Lazareto", no Funchal, dado que em Lisboa grassava uma epidemia de pneumonia. Ali recebeu a missão de escoltar o vapor S. Miguel, de partida para Ponta Delgada, nos Açores, com 206 passageiros a bordo.

Tendo zarpado ao pôr do sol do dia 13 de outubro, na velocidade de cruzeiro de 9 nós, às 06h15 do dia 14 ouviu-se o primeiro tiro contra o vapor S. Miguel, pelo submarino alemão U-139, sob o comando de Lothar von Arnauld de la Perière. Para protegê-lo, esgotadas as caixas de fumo que lançara para despistar o inimigo, o Augusto de Castilho avançou diretamente sobre o submarino alemão, passando a receber o fogo inimigo e dando tempo ao vapor para se distanciar. Após duas horas de combate, com vítimas fatais no convés, a artilharia danificada, a munição quase esgotada e tendo perdido a telegrafia e as máquinas, o navio imóvel, rendeu-se. Um último tiro do submarino, entretanto, vitimou fatalmente o comandante Carvalho Araújo.

Dada a ordem de abandonar o navio pelo imediato, o guarda-marinha Armando Ferraz, os sobreviventes conseguiram lançar ao mar um salva-vidas onde se comprimiram trinta e seis homens. Doze outros sobreviventes, em uma jangada improvisada, conseguiram autorização dos alemães para retornar a bordo e pegar um bote. O caça-minas foi então afundado pelos alemães, com o corpo do comandante coberto pela bandeira de Portugal e os dos demais auxiliares mortos em combate.

O salva-vidas conseguiu atingir, em quarenta e oito horas, a Ilha de Santa Maria, com trinta e cinco sobreviventes: um dos feridos não resistiu, tendo o seu corpo sido lançado ao mar. O bote com os demais náufragos alcançou a Ponta do Arnel, na Ilha de São Miguel, a 20 de outubro.

Anabela José - 1ºAE

terça-feira, 9 de março de 2010

Memórias de infância




Lembro-me de quase tudo na minha infância, e aquilo que não me lembro faço questão de perguntar a quem se lembre de como eu era ou o que fazia. Mas há situações, sítios, pessoas, sentimentos que não se esquecem, e que ficam marcados para o resto da nossa vida. Em agosto de 1995 teria eu perto de 6 anos passava como sempre o verão numa aldeia de Castelo Branco, em casa da minha avó. Sempre houve coisas que detestei como ficar de castigo, gritarem comigo, não me deixarem ver o meu canal de TV preferido ou ter o meu lugar no sofá ocupado. Quando ia para a aldeia da minha avó não havia nada disso.
Catraia Cimeira é o nome da aldeia. Pequena, com poucos habitantes, poucos recursos, sem comércio ou indústria, só tem mesmo um café e mesmo assim para lá chegar tem de se andar bastante. A casa da minha Avó era muito antiga,ainda feita de pedra e o chão feito com estacas de madeira. A cozinha era feita de pedra também, nos quartos só cabia a cama e nem espaço para uma mesa de cabeceira havia. A casa de banho era no exterior na casa e havia uma cave que servia para armazenar o azeite produzido pela familia. Nem luz eléctrica tinhamos. Por isso quando ia passar férias para a Catraia nada me chateava, não havia televisão, tinha que me conformar, o sofá era apenas um pequeno assento que só dava para uma pessoa, e como iamos sempre os quatro netos, acabavamos sempre por ceder o assento á Avó Carmo. Em frente da casa existe um terreno enorme, com laranjeiras, limoeiros e oliveiras onde brincávamos. Mesmo que tivesse de castigo, havia sempre escapatória possivel.
Lembro-me de nesse ano ter ficado com uma perna entalada no palheiro . A minha Avó tinha avisado que havia um buraco no chão e que o chão podia ceder, mas as crianças são teimosas e mesmo assim eu fui lá, para dar comida ao burro, que estava no andar de baixo. Não me apercebi, meti o pé no buraco e fiquei com a perna entalada. O burro que estava no andar de baixo mordiscou-me o ténis e eu levei ainda cinco pontos na perna, para além do castigo da minha Avó. Todas estas peripécias aconteceram numa terra que eu amo e com uma pessoa que se tornou um ídolo para nós porque falava connosco sem precisar de gritar. É bom recordar!


A MINHA ZONA



Eu chamo-me Susana, moro na freguesia de São Julião do Tojal, na povoação do Zambujal.


Moro com os meus pais numa moradia inserida numa quinta de 5 mil metros. A moradia tem 2 pisos e garagem. O terreno que circunda a moradia é ocupado por várias árvores (pessegueiros figueiras videiras nespereiras laranjeiras). A produção colhida é utilizada para consumo familiar e a excedente é colocada à venda no mercado. A minha quinta situa-se no bairro da Carrasqueira, na Rua dos Cravos. O bairro onde moro é constituído por outras moradias em lotes mais pequenos. O bairro é urbanizado porque tem todas as infra-estruturas como a electricidade, saneamento básico, esgotos e arruamentos.



A minha zona é rural porque está inserida numa zona agrícola e tem pouca densidade populacional. Tem uma fraca incidência de desemprego e tem uma percentagem muito elevada de reformados já que a maioria dos habitantes é idosa. Na zona predominam pequenas empresas de construção civil a par de outras grandes empresas com, por exemplo o MARL (mercado abastecedor da região de Lisboa) que está instalado na freguesia há cerca de 10 anos dando emprego a mais de 5 mil pessoas, a UNISELF, a KILOM, a FAPAJAL, a KOREN, a EUROSTAND e muitas outras que estão sedeadas nesta freguesia dando emprego a mais de 8 mil pessoas.


A povoação de São Julião do é bastante antiga como o comprovam o Palácio da Abelheira, várias fontes centenárias e um coreto no centro da vila.


Existem muitas zonas verdes, cada bairro da freguesia tem uma zona verde e um parque infantil.


A povoação do Zambujal é caracterizada pela excepcional organização comunitária já que aí convivem cidadãos de várias proveniências e etnias, sobretudo de Africa e dos países de Leste.


A freguesia tem uma área de 13,28 km quadrados é uma freguesia muito pouco dinâmica onde faltam espaços de convívio, como cinemas ou teatros e até espaços comerciais onde a população possa conviver.