quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fazer história


Em memória do meu irmão
Ponte de Lousa,1981.Estava um belo fim de tarde de Verão,soprava uma leve brisa que inundava nossos sentidos com aromas campestres e simultâneamente,secava o suor que arrefecia nossos corpos vestidos apenas com uns calções e uns ténis já cansados de tantas correrias,quedas,pontapés e tropeções.
Nós,eu e o meu irmão,o Paulo,olhos azuis e cabelo loiro,catorze meses mais velho,muito inventivo,normalmente apelidado de "Professor Pardal".O Rei,o herói de todas as aventuras!Mas nesse dia,nesse fim de tarde de Verão,numa brincadeira tantas vezes repetida em tantos outros cenários,entre o bem e o mal,o vencedor e o vencido,na rua que nos viu nascer,aquela calçada teria muito para contar!Ele Polícia,eu ladrão,tudo estava planeado,aliás como sempre!Na sua moto imaginária,perseguia-me por entre ruas de terra batida,quintas e quintais cultivados,enquanto eu tinha de me esgueirar a pé entre árvores,penedos e silvas.Mas desta vez decidi que seria diferente.Faria a história à minha maneira!Porque teria de ser sempre eu o mau da fita,sempre obediente e submisso,sem nunca contestar as suas decisões? - Não!Aquela aventura sofreria um volte-face!O efeito surpresa sempre teve sucesso,como tantas vezes vira na televisão.Foi então como planeado,que ele apareceu nas minhas costas a alta velocidade,assobiando como se de uma sirene se tratasse e gritando - Tás preso!Entrega-te! - Mas eu faltei ao combinado e enquanto ele olhava para a esquerda,estava eu à direita de perna já esticada...a moto despenhou-se ás cambalhotas pela calçada!
Finalmente,um final feliz produzido e realizado por mim,não fosse os açoites do meu Pai ao jantar!No mundo real,o meu querido mano levou alguns pontos no queixo,os arranhões já eram naturais!
Este episódio da minha vida,teve um impacto enorme na pessoa que hoje sou!Tomar aquela decisão,foi como mudar o meu futuro!Hoje,mostro o que sinto,não me submeto aos caprichos de outros,exijo os meus direitos,vivo em liberdade e principalmente,construo a minha própria história!

Carlos Sousa 1ºAL

Mémoria da minha Mãe


Lembro-me daqueles anos quando uma criança. Manhãzinha tu acordavas muito cedo para fazer o pequeno almoço, quando ainda eu não te podia ajudar em nada. Tu cozinhavas e eu ficava muito admirada ao ver-te dando os teus primeiros passos da manhã.
E então perguntava-te: " Mãe, posso-te a ajudar a cozinhar?"
E ela respondia: " Minha filha ainda és tão pequena, só quando cresceres."
Acordava tão cedo e nada podia fazer para a ajudar e chorava por não poder ajudá-la.
As minhas irmãs já eram mais velhas, ao me ver tão entusiasmada ficavam a rir por essa criancice.
Mãe,ainda sinto o cheiro e o paladar dos teus cozinhados.
Então, fui crescendo, até que um belo dia aprendi a cozinhar.
Graças à minha mãe aprendi a dar os meus primeiros passos, a ser responsável, a me comportar, a ser o que sou hoje.

Excelsa Vaz

O primeiro dia de aulas


O meu primeiro dia de aulas aconteceu no mês de Setembro de 1993.
Era um dia de verão e eu estava muito ansiosa por finalmente ir para a escola.
Acordei cedo e a minha mãe ajudou-me a vestir. Lembro-me de vestir um vestido cor-de-rosa com bolinhas brancas.
Tomei o pequeno-almoço com os meus pais e o meu irmão e saímos.
Chegámos à escola e eu continuava muito ansiosa, lembro-me de não ter parado de falar durante todo o caminho.
Quando chegámos havia muitas outras crianças, algumas a chorar e eu não percebia porquê. Afinal eu estava tão contente e achava que todos os outros meninos deveriam estar também.
Chegada a hora de entrar, os meus pais deixaram-me e lembro-me de entrar na sala e sentir o cheiro a lápis e a livros.
Já conheçia algumas crianças que pratilhavam a sala comigo, portanto as aulas correram muito bem.
Chegada a hora de ir embora, os meus pais e o meu irmão já estavam à minha espera. Lembro-me de estar muito triste, como que a choramingar e os meus pais preocupados me preguntarem o que se tinha passado. Eu muito triste respondi, "a professora não me mandou trabalhos de casa", eles olharam-me e sorriram.
Agora percebo porquê...afinal a ingenuidade de uma criança tem uma certa graça.
Os dias seguintes foram de muita alegria.
Finalmente tinha os tão desejados trabalhos de casa para fazer!


Ana Filipa Pinheiro

1º AL nº 2

Inocência


Numa bela tarde Primaveril estava eu e a minha irmã mais velha à janela da nossa casa em Lisboa.Era um prédio antigo e muito velho e as escadas de madeira eram muito escuras .
Eu devia ter mais ou menos 6 anos e a minha irmã 7 e estavamos à janela a ver o trânsito e as pessoas a passar.De repente a minha irmã olhou para mim e disse-me que eu tinha um borboleta na cabeça.Eu, na altura, era muito mariquinhas e entrei em pânico. Desatei a correr atrás dela como se fosse um touro, aos gritos e a chorar .
Havia um pequeno terraço junto à cozinha e quando eu estava a correr atráz dela uma vizinha viu-nos e perguntou o que se passava .
Com as lágrimas a escorrer-me pela cara disse-lhe que a minha irmã me tinha dito que tinha uma borboleta na cabeça.
Ela olhou para mim e disse: - Não tens nada na na cabeça ! Pronto não chores mais .
Com isso passou-me o pânico e eu e a minha irmã continuamos a brincar como se nada tivesse acontecido .
Ainda hoje, quando nos lembramos deste dia, desatamos a rir de nós próprias de uma época em que éramos tão crianças e tão inocentes.
Valentina Soares
1º AL

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Memórias da minha infância



Eu nasci em Lisboa e, quando era pequena, tinha por hábito ir passear para o parque da Cidade Universitária. Como naquele tempo não tínhamos transporte próprio, íamos a pé. Eu, as minhas duas irmãs mais novas do que eu, os meus pais e, habitualmente, meus tios paternos com as suas duas filhas.
No verão, passávamos algumas tardes de domingo à sombra das árvores que nos rodeavam. Estendia-se uma manta no chão onde todos se sentavam para conversar e lanchar. Ainda recordo o cheiro intenso dos grandes eucaliptos que por ali circundavam.
A melhor parte era quando o meu tio, com a ajuda do meu pai, pendurava nas árvores o nosso “baloiço”, duas cordas presas a uma tábua de madeira que era o assento e que fazia as delícias das cinco crianças.
Ainda hoje, quando passo perto deste local, recordo com alegria bons momentos da minha infância.


Maria Cristina Trindade
1º B C

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Crescer, aprender e evoluir"


Quando era pequena, o que realmente me deixava feliz era sentar-me no meu sofá, também ele à minha medida, e deliciar-me a ver e ouvir com muita atenção os desenhos animados.
Por mais que o dia tivesse sido de brincadeiras, risos, zangas, choros, nada mais importava. Apenas queria sonhar e entrar nas histórias que aquela caixinha mágica me transmitia. Não me lembrava, nem sequer queria saber se existia jornais ou rádio.
Com o passar dos anos, naturalmente, tudo se alterou. As preferências, os gostos, as vivências. O que realmente era importante e fascinante, deixara de o ser. Continuo a ter a opinião de que a televisão será sempre um meio de comunicação essencial e fundamental mas, ao longo do tempo, sinto que foi destronada por esta nova tecnologia.
A internet trouxe-me imensas vantagens como, por exemplo, a comodidade, o acesso fácil e rápido para qualquer dúvida que tenha ou alguma informação que precise na hora, o não ter que ir para a fila fazer o pagamento de um determinado serviço, etc., etc., etc.
Hoje percebemos as grandes vantagens e as alterações que a internet veio trazer em tão pouco tempo. Pergunto-me o que o futuro nos reserva com o avanço tão rápido da tecnologia.


Liliana Marques 1º FB

Sound & Vision


Olá Pessoal, sou o Alexandre e desde pequeno que sou apaixonado por música, cinema e televisão, muito por influencia dos meus Pais.

Antigamente eu era um consumidor em alta escala de tudo o que fosse relacionado com som e imagem. Assim que consegui, comprei uma aparelhagem e o meu quarto ficou do tamanho do Mundo. Mais tarde comprei uma televisão e aí fiquei dono do Mundo. Com os anos fui acrescentando mais Mundos ao meu Mundo e as minhas prioridades foram-se alterando e tive de gerir os meus gastos, sendo a música um dos que mais ficou para tráz.

Um dia, já o meu filho navegava pelo Ciberespaço, escutei uma conversa onde se discutia o “sacar” música e filmes através da Internet. Fiquei muito admirado ao perceber que enquanto eu gastava dinheiro, outros faziam downloads gratuitos. Falei com alguns amigos e para meu espanto já muitos conheciam este processo. As possibilidades eram imensas e com uma grande vantagem…..quase tudo “Free of Charge”!!!!

Hoje em dia a maior parte da música que tenho é resultado de muitas horas a “sacar” e “partilhar” ficheiros na Internet. A Indústria Músical está a mudar e já existem muitas bandas e artistas que disponibilizam os seus trabalhos gratuitamente no ciberespaço.

Os Direitos de Autor ficam para outra reflexão!!!!!!


Alexandre Pereira 1º FB

Os media na minha vida.







Todas as manhãs sou despertada pela rádio. Às vezes de forma agradável, outras vezes nem por isso, depende do som que o pequeno aparelho estiver a emitir ou do tipo de notícia que tiver a dar.

Na verdade, a preguiça e tanta que os olhos abrem um de cada vez, e só consigo abri-los de vez quando ligo o televisor, ou seja, para me ligar à vida todas a manhãs preciso não só de um mas de dois media…

Entretanto dou por mim a ver desenhos animados, não por obrigação mas não muito próprio para a minha idade.

Depois disto, lá me levanto e tropeço numa revista que caiu durante a noite no chão, pois tinha adormecido entretida a bisbilhotar a vida cor-de-rosa de um VIP qualquer.

Passado algum tempo…

Chego ao trabalho, ligo o computador e navego na Internet e entretenho-me a ler os e-mail no Outlook.

E é assim todos os dias, semanas, meses…
Enfim, os media fazem partem de mim e de todos nós.









Carla Joaquim 1º FB

O Jornal de noticias “Já Era”




Até há bem pouco tempo era através do jornal de notícias, às 20H que eu sabia das desgraças que iam acontecendo.

Agora, visto que tenho aulas, acompanho as notícias na Internet, nomeadamente no site da clix.
Por um lado é melhor pois posso pesquisar detalhadamente os artigos de interesse pessoal, entre eles moda, beleza e cusquices. Por outro lado a necessidade de me sentir informada sobre o que se passa à minha volta e no mundo, leva-me a dar uma vista de olhos sobre outras notícias de forma mais geral.

Sem duvida que a Internet tem as suas vantagens, pelo menos para mim. Todavia a televisão transmite a informação através de imagens e reportagens sobre actualidades no mundo de uma forma rápida e atractiva com o intuito de cativar audiências e é destas que eu tenho saudades…

"O Bicho-de-sete-cabeças"








Eu vou falar sobre a minha relação com a internet, pois na minha opinião esta engloba todos os meios de comunicação.


Há algum tempo atrás a internet para mim era quase um "bicho-de-sete-cabeças", visto que os meus conhecimentos eram poucos e a informação que chegava também não era muita, aliando a curiosidade e a necessidade, quer profissional quer pessoal, fez com que eu tivesse de alargar os meus horizontes em relação a ela.

Hoje em dia o "bicho-de-sete-cabeças" já faz parte do meu quotidiano diário. Utilizo-a inúmeras vezes ao dia, quer seja para visualizar as noticias, ouvir música, procurar uma nova receita de culinária, comparar os preços e artigos cada cadeia de supermercados, visualizar estreias e horários dos filmes em exibição ou até mesmo, procurar em destino de férias e planeá-lo (condições meteorológicas, cultura do destino, moeda do país, diversos monumentos a visitar e etc.), comunicar a contagem da luz, comprar o selo do carro, isto é uma pequeníssima abordagem das diversas utilidades e vantagens que a internet me oferece.


Por outras palavras, acabo por utiliza-la para tudo um pouco, quer seja para trabalhar, ter um momento de lazer ou procurar informação. A internet veio sem dúvida melhorar a minha qualidade de vida.

Liliana Inácio
(Turma FB)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Type something that you can link...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Nascimento do Meu Irmão


Era Outono, em pleno Alentejo. se sentia o cheiro das pedras molhadas, pelos primeiros chuviscos da estação, naquelas ruas em que a casas pouco distavam umas das outras. Em casa da minha avó paterna, uma das mais conhecidas merceeiras da Vila, havia sempre um corrupio de vizinhas que precisavam de alguma coisa, de que se haviam esquecido aquando do avio. O meu avô paterno, latoeiro de profissão, passava os dias e a maior parte dos serões na sua oficina. Arranjava e remendava toda a espécie de utensílios em folha. Lembro-me dele com a tesoura na mão a cortar os moldes das peças que ia fazer, depois a dar-lhes forma com instrumentos dos quais nem sequer sei o nome e, o mais característico, o cheiro do maçarico quente na chapa a derreter a solda para unir as diversas partes da peça. A hora de jantar era sagrada. Todos os dias à mesma hora o meu avô ia sentar-se à mesa, estivesse o jantar pronto ou não. Era o primeiro a servir-se e a levantar-se da mesa, demorasse o tempo que demorasse. Ninguém se levantava sem que ele saísse primeiro. Eu que, para além de comer pouco, comia depressa, achava que o meu avô era muito comilão. Demorava muito tempo… Depois a minha mãe e a minha avó começavam a tratar do resto da lida, enquanto conversavam. Enquanto que eu, no meio daquele cochichar, encostada à mesa me deixava dormir e alguém me levava para a minha cama, de onde só me levantava na manhã seguinte.

Naquela noite, alguma coisa me acordou. Havia muita agitação dentro de casa. Falava-se em voz alta. Estremunhada pelo sono e assustada, por não estar a perceber o que estava a passar, devo ter chamado a minha mãe. A minha avó paterna apareceu à porta do meu quartinho e veio sentar-se junto da cabeceira da minha cama, tentando acalmar-me. Ouvia a voz da minha avó materna e da minha tia-avó no quarto ao lado. Eu mantinha-me, muito encolhida, encostada à minha avó paterna que, entretanto, tinha posto o seu braço forte em volta dos meus ombros. Subitamente ouvi a minha mãe choramingar. Interroguei a minha avó sobre o que se estava a passar. As primeiras respostas dela, às minhas perguntas, devem ter sido qualquer coisa como: “Não é nada, Filha, não te preocupes. Dorme”. Mas eu nunca mais preguei olho. Aquilo era muita agitação, para quem tinha tido uma existência tão calma e sem perturbações. Um grito! Era a minha mãe de novo… “Avó, o que é que a mãe tem?”. A resposta não se fez esperar: “Sabes, Filha, a tua mãe está com dores de dentes. Tu sabes como é!”. Pois, eu realmente sabia. Então, como a minha avó não tomava qualquer atitude em relação ao assunto, perguntei-lhe “Avó, já lhe deram o meu remédio dos dentes?”. A minha avó tranquilizou-me dizendo “Sim. E também lhe demos o teu remédio da barriga. Mas temos que ter paciência, porque demora um bocadinho a passar. Tu sabes como é.” Exactamente, uma rapariga experiente de quatro anos e meio, sabia perfeitamente que as dores de barriga e as dores de dentes demoram muito tempo a passar. A agitação continuava, correrias de um lado para o outro, gemidos da minha mãe e, de vez em quando, mais um grito. Era uma noite que nunca mais tinha fim.

Subitamente, ouvi um choro diferente. Fiquei muito agitada, porque percebi que não era a minha mãe. Sem dizer palavra olhei para a minha avó, com ar de quem questiona o que se está a passar. A minha avó voltou-se para mim, colocou o dedo indicador direito sobre o nariz e a boca e disse: “Shiu. Não faças barulho. Espera um bocadinho”. E ali fiquei à espera do que iria passar-se a seguir, bem encolhida, encostada à minha avó. Depois vi a porta do meu quarto abrir-se devagarinho. Era a minha avó materna com qualquer coisa nos braços. Mas aquela “coisa” mexia-se muito e fazia uns barulhos esquisitos. A minha avó paterna içou-me da cama e fez-me ficar de joelhos. A minha avó materna aproximou-se de mim e mostrando-me a “coisa” que trazia nos braços, disse-me: “Olha, Zézinha, o teu mano Francisco já chegou! Queres vê-lo?”. Devo ter abanado a cabeça a dizer que sim, porque não me lembro de ter dito nada até o ver. “Oh avó, mas ele está todo sujo…”. “Ele acabou de chegar e fez uma viagem muito grande. Agora vai tomar um banhinho. Depois, logo vês como ele fica bonito”. Devo ter ficado muito excitada com todas aquelas novidades. Um mano! Eu estava sempre a dizer à minha mãe que queria ter um mano e ela tinha mandado vir um pr’a mim. Não cabia em mim de contente. No meio de toda aquela agitação, a minha imaginação deve ter andado a milhares de quilómetros hora, porque voltei-me para as minhas avós e disse-lhes: “Então, quando ouvi bater na janela, foi o avião a trazer o meu irmão. Eu ouvi o meu mano Francisco chegar!” Aquilo é que tinha sido uma participação importante no processo de chegada do meu irmão...

Estávamos na madrugada do dia onze de Outubro do ano de mil novecentos e sessenta e quatro. Nasceu às seis horas e quinze minutos. A partir desse momento deixei de ser filha única.


Mª J. C. Rosário - 1ºBC



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um compromisso de honra


O passo lento e seguro do relógio, batia as seis horas e pouco mais de uma tarde cuja brisa leve e fresca se espraiava pelas encostas da serra de Sintra, atenuando a lassidão de um dia quente que ia ficando para trás...
O chilrear dos pássaros emprestava a banda sonora a um quadro, que os arbustos floridos, desabrochando do seu sono de inverno, pincelavam de alegres tonalidades. Caminhávamos pelo caminho empedrado do jardim quando ela esturgou o passo, e fixando em mim um olhar risonho em que me via relectido no cristalino dos seus olhos, me pôs a par da novidade...

Eu ia ser Pai !...
A alegria transbordante mareava-me os olhos; eu iria acompanhar a gestção de um ser que ajudara a conceber; ira ter nos braços, pele com pele, uma criança que em breve iria saber chamar-me Pai.
Esse ser em breve abriria os seus olhos e nesse olhar iria procurar em nós a proteção, o carinho e o amor a que tinha direito.

A partir desse momento, esse passou a ser o meu compromisso, um compromisso de honra.
No exacto momento em que pela primeira vez a sua mãozinha segurasse o meu dedo, agarrar-me-ia para sempre num laço inquebrantável.
Ficaria aí firmado esse compromisso de honra, até ao fim dos meus dias.

Rui Marino Martins

sábado, 17 de outubro de 2009

A minha Bicicleta


Nesse dia fui com a minha mãe para o trabalho em Lisboa porque a seguir íamos comprar a minha primeira bicicleta.
Durante todo o dia esperei ansioso, a ter de me comportar bem, à espera que o dia de trabalho acabasse.
Finalmente lá saímos, eu e a minha mãe, fomos de eléctrico ao Terreiro do Paço para irmos escolher a bicicleta numa loja, na Baixa. Nunca tinha visto tantas bicicletas juntas e foi para mim muito difícil escolher, mas lá optei por uma amarela, de marca Órbita com amortecedor no meio, vermelho.
Saímos da loja, comigo a guiar a bicicleta porque ainda não sabia andar, até à paragem de autocarros no Martim Moniz.
A bicicleta veio connosco e não pagou bilhete.
Hoje recordo esses tempos com grande admiração.
Como o Mundo mudou!
António Pedro Francisco

Memória de uma Família feliz


Os meus avós tinham uma casa em Sesimbra, era lá que passava as minhas férias de Verão.
Da casa, via-se uma magnífica paisagem para a praia e para o castelo, recordo-me do amanhecer naquela casa. Era tudo muito calmo "fresco" e suave. Ouvia-se o cantar dos pássaros com grande alegria.
As refeições eram sempre muito animadas, pois a famíla é grande. Muitas vezes ao almoço comíamos peixe grelhado.
As tardes eram passadas a jogar às cartas ou ao dominó com o meu avô, ou a costurar saquinhos de alfazema, para que no Inverno as gavetas tivessem sempre cheirosas.
Aos domingos de manhã os mais novos levantavam-se muito cedo para ir ao caracóis, dos quais comíamos quando chegávamos da praia.
O cheiro dos oregãos ainda hoje é um dos meus favoritos.
Hoje olho para trás e vejo que fui muito feliz por ter crescido numa família grande, espero um dia transmitir esta ideia de família aos meus filhos.
Sofia Malhão

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"O REBOLANÇO"


Foi há uns bons anos, na escola preparatória Paula Vicente, na Ajuda, onde morava na altura.

A escola era enorme, pelo menos na altura era isso que eu achava. Tinha duas amigas: Paula e Patricia.

Íamos juntas para a escola e fazíamos o percurso inverso juntas também. A Paula era alta, morena com uma cicatriz na cara( foi um problema no seu nascimento), a Patricia era o oposto, baixa de cabelo encaracolado e engraçada. Tivemos os nossos momentos.

Um desses momentos passou-se num dos intervalos. Costumavamos-nos sentar no murinho da escola, que protegia (mas não muito) um declive das grades que rodeavam a escola. Nesse declive existiam algumas árvores. Pois bem, um dia (lembro-me que a terra não se encontrava molhada!), a minha amiga Patricia, não sei porquê, empurrou-me. E lá fui eu, pela pequena ravina abaixo, a partir galhos e a enrolar-me na terra.

Fui até às grades. A principio não ouvi rir, mas mal me levantei e comecei a subir, as gargalhadas ecoavam.

Não aconteceu nada demais...não me magoei, não teve grandes consequências.

Não me zanguei com a Patricia. Foi um episódio que nos uniu. Mas ainda me lembro da sensação de não conseguir parar e segurar-me enquanto rebolava. Apesar de tudo, deve ter sido engraçado pois foi tema de conversa e gargalhadas até o final do ano lectivo.
OTILIA JACINTO 1ºAL

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Fugindo deles!




Os media causam uma forte influência nas pessoas, que as acompanha todos os dias da sua vida e eu não sou excepção.


Por mais que tente fugir ou desligar-me deles, é uma tarefa impossível; ou porque vou no autocarro e o Sr. Motorista decide ligar a sua telefonia e ouvir aquela estação de raidiozinho muito irritante que passa a informação de transito e logo a seguir as musicas folclóricas, ou até quando chego a casa e tenho a minha avó a ver o Preço Certo e depois tenho de “gramar” com o tempo de antena seguido do telejornal.

Se tiver algum trabalho para fazer em computador, certamente utilizarei a Internet, não só para a pesquisa de informação mas também para actualizar blogues.

Onde quer que vamos ou estejamos há sempre um ponto de acesso aos medias, um radiozinho ligado ou uma TV, um jornal em cima de uma mesa que nos tenta com tanta curiosidade quando vamos beber o nosso cafezinho.


Aconteça o que acontecer, os media estão sempre presentes no nosso dia-a-dia. Por mais que me refugie noutro mundo ou que vá para bem longe da civilização, os media estão de tal forma entranhados no nosso meio que é mesmo um tarefa impossível.
João Henriques
1º FB

Para mim os media...

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Os meios de comunicação social nos dias de hoje têm um papel fundamental nas nossas vidas, uma vez que chegam a muitas pessoas em locais diferentes e ao mesmo tempo.

Na minha vida em particular, sou "viciada" nos media, acho que não conseguiria sobreviver sem televisão, telemóvel e internet.

A televisão é particularmente importante para mim, uma vez que tenho-a ligada pelo menos 15 horas por dia; mesmo quando não estou a ver nenhum programa, gosto de ouvir as noticias no "Sic Noticias".

O telemóvel então, nem se fala. Para mim é um bem essencial para comunicar com a familia e com os amigos.

A internet para mim, neste momento, é muito importante e vantajosa a nivel profissional, nomeadamente, na troca de informação e de documentos, evitando desta forma gastos desnecessários em papel, correios, etc...

Em conclusão, os media estão presentes no nosso dia-a-dia e transmitem-nos informação assim como conhecimento e divertimento. Um sem fim de finalidades, todas elas com uma enorme importância...

Manuela Rolo ( FB )

Sem televisão...


Lembro-me que, quando era miúda, houve um Inverno muito chuvoso, com cheias enormes, que nos deixou sem electricidade e, obviamente, sem televisão durante vários dias. Então, a família juntava-se ao serão, à luz das velas, para fazer tricot, jogar às cartas, cantar, enfim, para conviver.

É ao recordar estes momentos, que percebemos o quanto a televisão tira o convívio familiar, fazendo-nos centrar toda a atenção para o que se passa naquela caixinha.

Possivelmente, se não houvesse televisão, o meu marido chegava a casa e não se sentava no sofá a fazer zapping com o comando da TV e o meu filho mais novo, com apenas 3 anos não pediria para ver um DVD de desenhos animados.

Se não houvesse o computador e a Internet, o meu filho com 9 anos, chegava a casa e não corria para o computador, para ver as novidades que há no blog que a sua turma construiu com o professor e também para jogar, claro!

Obviamente que temos convívio familiar lá em casa, mas se não houvesse tantos meios de comunicação disponíveis, talvez os serões fossem bem mais divertidos... a jogar UNO, a fazer um puzzle, a contar histórias...
Talvez como aqueles que o meu pai conta, de quando era miúdo e os serões eram passados num monte alentejano, sem luz eléctrica e a ouvirem os lobos a uivarem!
Ana Lachica Figueiredo Turma 1º FB

A informação e eu


Sou uma pessoa que gosto de estar informado do mundo que me rodeia, por isso logo de manhã começo por ouvir rádio sintonizando a Antena 1. Sou informado não só das notícias do dia, mas também do estado do trânsito, como ainda da previsão do tempo. Com as notícias do trânsito passo a saber se preciso ou não de fazer algum desvio até ao meu local escritório.

Também tenho a oportunidade de ouvir as 1ªs. páginas dos jornais, assim como as notícias do desporto. Caso haja alguma notícia bombástica quando chego ao escritório é evidente que vou pesquisar um pouco mais sobre as referidas notícias na internet.

Como durante o dia estou sempre ligado à internet vou pesquisanto sobre as notícias que vão aparecendo ao longo do dia e também costumo ouvir rádio através da internet.

No final do dia, em casa na televisão gosto de ver os telejornais e outros programas de informação, tais como entrevistas. Gosto de formar a minha opinião depois de ouvir vários pontos de vista.

Jorge Manuel Bernardino Rodrigues

Eu e os Media (A televisão na minha vida)



Em primeiro lugar, de todos os media, aquele a que dedico mais tempo na minha vida é, sem dúvida a televisão, apesar de ler jornais,ouvir rádio, ver cinema e utilizar a Internet.
Na televisão são diferentes os programas e os conteúdos dos vários canais.Os canais oferecem-nos informação, entretenimento, política, cultura, cinema, desporto e lazer.
Naturalmente, eu tenho os meus canais e programas favoritos, conforme as situações e a disposição.Por exemplo, gosto de estar informado com o que se passa no mundo e no país, vejo os canais de notícias ou os telejornais e, em alternativa, também gosto de ver futebol, filmes e, em particular, os canais temáticos (Discovery, National Geografic,Odisseia etc.)
Concluindo, posso dizer, que passo algumas horas por dia com a televisão.


Paulo Martins

1 FB